- Sistema Britânico: Afonso Diogo, Carolina Cunha, Catarina Almeida, Inês Graça, Rodrigo Miranda;
- Sistema Francês: Ana Melo, Diogo Santos, Duarte Martins, Duarte Viegas, José Soares.
sábado, 28 de setembro de 2013
quinta-feira, 26 de setembro de 2013
Sistema Francês VS Sistema Inglês
A
seguinte análise incidirá sobre a principal figura do sistema francês, o
Conselho de Estado, sendo que no que diz respeito à segunda parte da mesma,
será feita uma abordagem mais geral ao sistema inglês.
O Conselho de Estado francês
anteriormente conhecido como Conselho do Rei e posteriormente convertido na
actual definição em 1856, caracteriza-se por apresentar uma dupla função,
jurisdicional e consultiva.
A nível jurisdicional este
subdivide-se na figura do Juiz Administrativo Supremo, ou seja, julga em última
instância as actividades desempenhadas pelo poder executivo, ou casos em que a
Administração esteja envolvida, podendo anular decisões tomadas por órgãos da
Administração pública. As suas competências estendem-se a diferentes áreas,
desde áreas como saúde, segurança, educação ou matérias fiscais. No caso das
funções consultivas, apesar de se ter dado uma grande evolução e de lhe ter
sido conferido um papel mais relevante, tal como refere o Professor Vasco
Pereira da Silva o Contencioso Administrativo Francês ‘’continua a ter
necessidade de frequentar as sessões de psicanálise’’ já que, o Conselho de
Estado em matéria disciplinar goza apenas de um poder de aconselhamento e de
apresentação de pareceres nas mais diversificadas questões jurídicas,
participando igualmente na preparação de projectos de lei e de alguns decretos.
Este
órgão sofreu algumas mutações impostas pelo Tribunal Europeu dos Direitos do
Homem, por considerar que estava em causa princípio da imparcialidade devido à
existência da figura do Administrador juiz, o que acabou por se traduzir numa
efectiva separação das funções administrativas e de julgamento ao nível do
modelo do Conselho de Estado. Por forma a cortar com uma possível promiscuidade
nesta figura travestida do Administrador Juiz que se encontra algures entre
estes dois poderes (judicial e administrativo).
O
Conselho de Estado tem como função igualmente o controle dos 41 tribunais
administrativos franceses, das 8 cortes administrativas de apelação e de
algumas jurisdições especializadas, tendo como auxílio na gestão dos
magistrados o Conselho Superior dos Tribunais Administrativos e das Cortes
Administrativas de Apelação.
É
possível concluir portanto que o Conselho tem como objectivo principal o
controlo da Administração e a defesa dos interesses dos particulares, pois tal
como referimos anteriormente trata-se de um Tribunal de última instância com
capacidade para alterar as decisões tomadas anteriormente pela Administração.
Quanto ao
sistema de common law, baseado no costume, no uso e nas decisões das
cortes de justiça, o direito vigente na Inglaterra contrapõe-se ao direito
Francês, de base romanística. Disto resulta uma das grandes diferenças entre o
sistema britânico e o sistema francês, na medida em que o primeiro se apoia na
equidade, fundamento das decisões judiciárias, e o segundo no direito
legislado.
Ao
contrário do sistema francês, o sistema britânico não teve o seu nascimento
marcado pelos ideais revolucionários da separação de poderes que inspiraram a
criação do contencioso administrativo dos países europeus, que vieram mais
tarde a seguir o modelo francês.
Com base
nos princípios da rule of law o poder judiciário inglês exerce sobre a
administração pública o mesmo controle que exerce sobre os particulares,
tentando resistir as tendências totalitárias de atribuir privilégios a
administração frente aos particulares
Modernamente
a Administração passou a estar sujeita aos Tribunais Comuns, sendo que os
tribunais comuns são competentes para resolver litígios entre entidades
administrativas.
A Administração
não tem meios para executar e impor o respeito pelas suas decisões, estas não
tem força executória própria, não podendo ser impostas aos particulares. Para o
efeito, terá que dirigir-se a um Tribunal Comum para que este torne imperativas
as suas decisões. Com isto dito, conclui-se que os tribunais comuns têm plena
jurisdição relativamente a administração, sendo que deverá respeito as suas
decisões e a lei.
Em 2007
a lei criou novos tipos de tribunais, o First-Tier Tribunal e o Upper Tribunal,
para onde foram transferidas as jurisdições que já existiam, formando-se aquilo
que poderíamos designar de uma nova estrutura unificada para os tribunais,
tornando-se os juízes membros do poder judiciário.
Com
esta reforma, os processos tornaram-se menos morosos e as decisões mais
rápidas, assegurando de forma mais justa os direitos dos cidadãos.
Existe
hoje, com a reforma dos tribunais na Inglaterra, uma maior preocupação por parte
deste país em assegurar aos cidadãos uma melhor justiça, sendo mais rápidas as
decisões por parte dos tribunais e menos morosos os processos.
Hoje
em dia podemos falar de uma dupla garantia pelo facto de poder haver recurso
para tribunais superiores, em determinadas matérias administrativas até para os
Tribunais Comuns Superiores.
António Oliveira 140110119
Diogo Câmara 140110510
Joana Anjos 140110134
Mariana Ruela Simões 140110509
Sistema jurisdiconal de Direito francê e do Direito Britânico
Sistema jurisdiconal de Direito francê e do Direito
Britânico
No caso de Direito Britânico, exite um supremo tribunal administrativo,
também chamado em francê Council of State (conselho de Estado) È um tribunal administrativo da mais alta instância e um órgão
consultivo do Governo em matéria jurídica e administrativa. Como um tribunal
administrativo, julga sobre a legalidade dos atos administrativos. Nesta
capacidade, ele lida com as questões em disputa nas relações de trabalho entre
o Estado e as autoridades públicas de um lado e os seus funcionários públicos estabelecidos
e empregados públicos, por outro.
Como órgão consultivo de especialistas, é obrigada a emitir um parecer sobre todos os projectos de legislação proposta pelo Governo. Este último também confia ao Tribunal de numerosos estudos.
Como órgão consultivo de especialistas, é obrigada a emitir um parecer sobre todos os projectos de legislação proposta pelo Governo. Este último também confia ao Tribunal de numerosos estudos.
E como órgão de julgar, é o julgador de última instância das
atividades do poder executivo, das coletividades territoriais, das autoridades
independentes e dos estabelecimentos públicos administrativos ou dos organismos
que dispõem de prerrogativas de poder público.
Por sua dupla função, jurisdicional e consultiva, o Conselho de Estado assegura a submissão efetiva da administração francesa ao Direito. Constitui, portanto, um dos mecanismos essenciais do Estado em nosso país. Enfim, o Conselho de Estado é o administrador geral de todos os tribunais administrativos e das cortes administrativas de apelação.
Por sua dupla função, jurisdicional e consultiva, o Conselho de Estado assegura a submissão efetiva da administração francesa ao Direito. Constitui, portanto, um dos mecanismos essenciais do Estado em nosso país. Enfim, o Conselho de Estado é o administrador geral de todos os tribunais administrativos e das cortes administrativas de apelação.
O Tribunal Administrativo britânico é um tribunal
especializado dentro Division da High Court of
Justice da Inglaterra e País de Gales Banco da Rainha. Trata-se
principalmente com as questões de direito administrativo e exerce jurisdição de supervisão do Supremo Tribunal sobre os tribunais inferiores e de outros órgãos públicos (principalmente
exercida através do procedimento
conhecido como "revisão judicial").
O Tribunal Administrativo pode sentar-se com um único juiz ou como um Tribunal Divisional (ou seja, com dois ou mais juízes). Um Tribunal Divisional do Tribunal Administrativo geralmente consiste de um Lord Justice of Appeal de estar com um juiz do Supremo Tribunal. Embora o Tribunal Administrativo está dentro Bench Division da Rainha (refletindo o papel histórico do Tribunal de Bench rainha em exercício revisão judicial), os juízes da Divisão de Família do Tribunal Superior Chancery Division e também são atribuídos a sentar-se.
O Tribunal Administrativo pode sentar-se com um único juiz ou como um Tribunal Divisional (ou seja, com dois ou mais juízes). Um Tribunal Divisional do Tribunal Administrativo geralmente consiste de um Lord Justice of Appeal de estar com um juiz do Supremo Tribunal. Embora o Tribunal Administrativo está dentro Bench Division da Rainha (refletindo o papel histórico do Tribunal de Bench rainha em exercício revisão judicial), os juízes da Divisão de Família do Tribunal Superior Chancery Division e também são atribuídos a sentar-se.
Referências das matérias:
o Contencioso
Administrativo no Divã da Psicanálise de Vasco Pereira Da Silva
Pui Ian Lam
140110006
quarta-feira, 25 de setembro de 2013
Aviso
Caros Estudantes
Na aula de amanhã, vamos antes começar pelo debate em vez da matéria teórica (ao contrário do que antes fora anunciado), para dar mais tempo para discussão.
Bom trabalho.
Vasco Pereira da Silva
Na aula de amanhã, vamos antes começar pelo debate em vez da matéria teórica (ao contrário do que antes fora anunciado), para dar mais tempo para discussão.
Bom trabalho.
Vasco Pereira da Silva
Principais diferenças entre o Conselho de Estado Francês e o Administrative Court Inglês
Como vimos nas aulas anteriores de
Contencioso Administrativo, os modelos de Contencioso Administrativo Francês e
Inglês actualmente tendem a aproximar-se um do outro, apesar de terem nascido
bastante diferentes.
Hoje em dia,
os órgãos mais importantes responsáveis pelo controlo da Administração Pública
em França e em Inglaterra são, respectivamente, o Conselho de Estado (le
Conseil d´État) e o Administrative Court. Mas afinal o que é o Conselho de
Estado e o Administrative Court fazem? Será que as funções destes dois tribunais
diferem ou podemos estabelecer semelhanças entre os dois órgãos no que respeita
às suas funções? São estas questões que irei analisar de seguida, referindo
quais são as competências do Conselho de Estado Francês e do Administrative
Court Inglês.
Começando pelo Administrative Court,
verificamos que este tribunal tem competência em várias matérias.
Primeiro que tudo, o Administrative
Court é um tribunal administrativo de primeira instância que controla a actuação da
Administração Pública inglesa e galesa e serve de órgão supervisor de outros
“tribunals” e “ courts”.
A jurisdição supervisória do Administrative Court é
exercida sobretudo através de um mecanismo processual chamado “ judicial
review” e abrange instituições que exercem funções públicas. Cabem dentro do
Judicial Review as decisões de
autoridades públicas no exercício dos seus deveres que atribuem vários
benefícios sociais e educação especial a crianças, certas decisões das
autoridades de imigração e da Immigration Appellate Authority, decisões de
órgãos de regulação e decisões que digam respeito a direitos de
prisioneiros.
O Administrative Court pode
funcionar com um único juiz ou como uma secção (com dois ou mais juízes).
Apesar de o Administrative Court estar dentro da “ Queen´s Bench Division” no
exercício da “ judicial review”, os juízes da secção de família e da chamada “
Chancery division” (que trabalha com Direito Empresarial, Direito
Testamentário, Insolvência e Direitos Reais) do tribunal judicial de primeira
instância também participam neste tribunal.
Actualmente, o
Administrative Court tem a sua sede em Londres e lida com o judicial
review em decisões de “ courts” e “ tribunals” inferiores, instituições
públicas e entidades que exercem funções públicas. Também linda com recursos
contra decisões de magistrados de tribunais, pedidos de habeas corpus, recursos
de decisões de Ministros, do poder local e dos tribunais, pedidos para evitar que uma
das partes continue os procedimentos sem a autorização de um juiz e pedidos
relacionados com o Coroners Act de 1988.
Alguns assuntos podem ser ouvidos
por uma secção do Administrative Court composta por dois ou mais juízes, entre
os quais constam pedidos relacionados com eleições parlamentares e para o
Governo local segundo os Representation of People Acts.
E quanto ao Conselho de Estado
Francês? Quais são as suas principais funções?
Importa dizer que o Conselho de
Estado Francês tem três principais funções: aconselha, julga e administra.
De facto, a primeira função do
Conselho de Estado é aconselhar o Governo. Para isso, o Conselho de Estado
utiliza secções especializadas: a secção do interior, a secção de finanças, a
secção de obras públicas, a secção social e a secção de administração, esta
criada em 2008. O Conselho de Estado aconselha o Governo na
preparação de projectos de lei, de ordonnances e de alguns decretos, emite
pareceres sobre questões jurídicas e realiza, a pedido do Governo ou por
iniciativa própria, estudos sobre questões administrativas ou políticas
públicas.
Em segundo lugar, o Conselho de
Estado julga a Administração em França, pois é este órgão que, em última
instância, controla a actuação do poder executivo francês, das
coletividades territoriais, das autoridades independentes e dos
estabelecimentos públicos administrativos e dos organismos que dispõem de
prerrogativas de poder público.
Em terceiro lugar, o Conselho de
Estado é responsável pela gestão dos 41 tribunais administrativos franceses, das 8 cortes
administrativas de apelação e de algumas jurisdições especializadas (dentre as
quais a Corte Nacional de direito de asilo).
Para gerir os magistrados, o
Conselho de Estado é auxiliado por um órgão de consulta independente, o
Conselho Superior dos Ttribunais administrativos e das cortes administrativas
de apelação (CSTA).
Em suma, através da atribuição ao
Conselho de Estado de uma dupla função jurisdicional e consultiva, podemos
dizer que este órgão faz com que a Administração Pública Francesa se submeta ao
Direito e evita que, como acontecia na fase do Pecado Original em França, fosse
a Administração Pública a
controlar-se a si própria.
Assim sendo, embora o Conselho de
Estado Francês e o Administrative Court tenham atribuições diferentes, devemos
concluir que o principal objectivo destes dois tribunais é igual : o
controlo da Administração Pública e a defesa dos direitos dos particulares face
ao poder público. De facto, sem o Conselho de Estado Francês e sem o
Administrative Court britânico, o controlo da Administração Pública e a defesa
dos direitos dos particulares em França e em Inglaterra seriam tarefas muito
mais difíceis de concretizar e o controlo do exercício da função administrativa
acabaria sempre por ser insuficiente nestes países. Daí que seja da opinião de que
estes dois órgãos jurisdicionais, embora com composições e atribuições
diferentes, sejam essenciais em França e em Inglaterra para evitar que a
Administração Pública actue a seu bel-prazer desrespeitando os direitos dos particulares.
Guilherme Gomes
140110022
Fontes :
terça-feira, 17 de setembro de 2013
Bem-vindos ao Leitor d' O Contencioso Administrativo,
um blogue destinado à publicação de textos (notícias, artigos, comentários de legislação e jurisprudência, …) pelos alunos de Direito do Contencioso Administrativo do Prof. Doutor Vasco Pereira da Silva, na Universidade Católica Portuguesa, no ano lectivo 2013/2014.
A todos os colegas um bom trabalho e aos que aqui caírem uma boa leitura!
A todos os colegas um bom trabalho e aos que aqui caírem uma boa leitura!
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