terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Kátia Administrativa


Caríssimos, propomos a resolução de um caso pensado e elaborado por nós:

Kátia Administrativa

Kátia Alessandra nasceu no Brasil há já mais de trinta e tal anos. Os seus pais tinham cruzado o Atlântico à procura de uma nova vida, uma boa vida. Vivia feliz.
Volta a Portugal porque a mãe queria que fosse “doutora” e que estudasse a “advocacia” onde o Dr. Menezes, o antigo patrão, tinha estudado.

Kátia sempre tinha preferido os prazeres das compras, as séries americanas de amor e as músicas da moda à literatura científica e às letras em geral. A própria, dizia que era uma nabiça de nabo com as contas, portanto Direito parecia a única opção.

Passados muitos anos de sofrimento lá consegue acabar com “aquilo”. Tinha usado de tudo: cábulas, apontamentos, sínteses, gravado as aulas, e outros mecanismos da moda... o que tinha resultado numa enorme biblioteca cheia de dossiers coloridos escritos com canetas de cores e mensagens de “pensamento positivo” – normalmente “Kátia Kontamos Kontigo”.

Toda uma biblioteca que lhe serviu para arranjar uns trocos na venda de apontamentos e entrar no mestrado que sempre quis. A mãe radiante por ter uma filha mais que “doutora” quer agora que seja juiz! Kátia está desesperada!

Tanto desespero fazem-na consultar diversas formas de confiança e rende-se à energia das pedras rolantes. Embebida de todo este ambiente acaba o mestrado e por puro milagre, uma dádiva – deve ler-se erro administrativo – é aceite para o curso do CEJ e chega a magistrada.

Nesta altura a mãe andava muito triste com os desvios espirituais da sua filha. Havia voltado a Portugal com saudades da filha e com a intenção de a pôr na ordem: como podia Kátia viver sem o seu rancho de bacalhau? Era este o problema!

Jaennette, mãe de Kátia, instala-se na terra. Os seus pais, avós de Kátia, já defuntos tinham deixado nas partilhas a casa “a la maison” que haviam construído quando voltaram “da Francia” onde podia ser feliz. A terra enfiada no meio dos montes da Beira era um sítio pacato, onde tinha o antigo minimercado da família para se entreter – com os novos grandes não ganhava muito, mas alcoviteira como era, compensava com a conversa em dia.

Um grave problema instala-se!! É criada uma comissão de “mulheres” lá na terra porque um aldrabão tinha aberto um bar de meninas que andava a fazer com que os seus homens andassem em alegrias do corpo. Maldita boate!
A rapaziada andava em “folgurada” e as mulheres não desistiam. Depois de uma grave greve de fome durante toda a Quaresma, a Ministra da Justiça resolve ali instalar um Tribunal Extraordinário, abrindo um concurso para a colocação dos Juízes.

Kátia resolve concorrer – lembrava-se muitas vezes das suas memórias de pequena quando vinha a Portugal em Agosto, durante um mês num ano tinha o Mercedes que o pai alugava à saída do aeroporto, a festa da aldeia em que o pai era “festeiro” e as primas que se tinham espalhado por todo o mundo e se encontravam, nos montes da serra, todo o Santo Agosto - sendo colocada.
Foi desesperante, não sabia o que fazer! Não estava preparada para tanto trabalho! Tinha de começar a passar o fim-de-semana fora... Estava decidido!
Já tinha tudo organizado para se ir embora, rumar a França para ir as compras! Besançon tinha um novo “Shopping”! 
A questão estava no facto de não saber que também tinha “escalas” ao Sábado!

Que fazer??? Não sabia o que havia de “aprontar” até que recebe no correio, dos tempos idos da sua busca espiritual, uma carta da Igreja Universal do Grande Império do Professor Karamba a anunciar a mudança da data semanal da festa de adoração a “deus” – o próprio do Prof. – na sede principal, para os lados da Reboleira.

Eureka Kátia, Estamos Kontigo!! Grita ela.

Identifique e pronuncie-se sobre as várias questões suscitadas na hipótese.


Caso elaborado por:
Manuel Saraiva, nº149113703
Ricardo Ferreira, nº140110120
Sara Figueira, nº140110040

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